quarta-feira, 25 de abril de 2012

Educação: Vereadores aprovam aumento salarial



Na última quarta-feira (4), foram realizadas duas reuniões extraordinárias, sem remuneração aos vereadores, para votação do Projeto de Lei nº 035/2012, que altera o anexo III da Lei 2.211/2012, reajustando em 12,5% a título de recomposição do valor do piso salarial a todos os Graus e Níveis da Tabela Salarial 2012 da Secretaria Municipal de Educação.

O projeto foi aprovado por unanimidade, em primeira e segunda votações, nas extraordinárias. A terceira votação foi dispensada, por solicitação do Vice-Presidente da Câmara, Luís Eduardo Salgado (PDT), e Presidente da Comissão de Justiça e Redação da Casa. A dispensa foi aprovada por unanimidade.

Os vereadores agradeceram e parabenizaram o Executivo pelo projeto. O Vereador Marcos Arlindo (PV), Presidente da Comissão de Educação, ressaltou a satisfação em votar esse projeto. “Desde quando começamos nosso mandato, estamos nessa luta com os professores e agora alcançamos uma conquista juntamente com essa a categoria”.

A Vereadora Cristina Fontes (PMDB) salientou a necessidade de continuar batalhando. “É com prazer que viemos aqui votar essa conquista de todos, sabemos que não é o ideal, pois enfrentar uma sala de aula não é fácil, desejo muita sorte e garra, pois precisamos de vocês. Agradeço a administração municipal por esse entendimento com vocês”.

O Vereador Ângelo Chequer (PSDB) pontuou: “o aumento de salários para os professores não é gasto, é investimento. Nós só vamos construir um país melhor quando os professores forem valorizados como realmente merecem”.

Já o Presidente da Câmara, João Batista (PR) comentou que para o desenvolvimento do país é necessário a valorização da educação e da saúde. “Parabenizo a todos os professores pela sua luta e peço que continuem educando nossas crianças com dedicação e produtividade”.

O Prefeito, Celito Sari, que não participou da reunião, justificou a importância em votar a lei, pelo fato de o município reconhecer o valor do profissional da educação, por meio da melhoria de seus vencimentos e das condições de trabalho na rede municipal de ensino, em especial atendendo a legislação federal, lei nº 11.738/2008.

A alteração da lei foi fruto de diversas reuniões realizadas entre o Executivo, o Legislativo, e com representantes dos professores (Sind-Ute) (os dois últimos representados na foto), referente à negociação das reivindicações apresentadas, em que ficou acertado entre as partes a recomposição salarial de 12,5%.

Além dos já mencionados, participaram da reunião os Vereadores Carlitos Alves (PDT), João Januário Ladeira (PR) e o Vereador Lidson Lehner (PR).

Fonte: Câmara Municipal de Viçosa

Sind-UTE/MG realiza Ciclo de Debates

Para promover a 13ª Semana Nacional da Educação em Minas Gerais, o Sind-UTE/MG realizará um Ciclo de Debates com a seguinte temática:

26/04: O Tempo Docente, com a Professora Inês Teixeira;
27/04: A educação que interessa à classe trabalhadora, com o professor Miguel Arroyo e representantes de movimentos sociais

Ainda, aproveitando a oportunidade de que a categoria estará reunida, serão discutidos os retornos da reunião com a Secretária de Estado da Educação que acontecerá no dia 26/04.

Para possibilitar a presença da categoria de todas as regiões do Estado, pedimos que as subsedes viabilizem a participação de até 03 representantes por subsede para participação neste Ciclo de Debates, que é aberto à participação da categoria.

Aos representantes das subsedes que participarem do Ciclo de Debates também será viabilizada a participação na 4ª Plenária dos Movimentos Sociais que começa no dia 27/04.

O ciclo de debates acontecerá no CREA-MG - Av. Álvares Cabral, 1600, Santo Agostinho, BH/MG a partir de 18h30min.

terça-feira, 24 de abril de 2012

CUT-MG lança o Plebiscito pelo Fim do Imposto Sindical nesta terça-feira em Belo Horizonte

Votação vai até o dia 15 de junho e faz parte da Campanha Nacional por Liberdade e Autonomia Sindical da CUT

A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) e toda a base CUTista no Estado vão lançar na próxima terça-feira (24 de abril), em Belo Horizonte, a Campanha Nacional por Liberdade e Autonomia Sindical. A atividade será na Praça 7, na região Central da capital mineira. Às 10 horas serão instaladas urnas para a votação no Plebiscito sobre o Fim do Imposto Sindical e, às 14 horas, vai ser realizado um grande ato. 

A direção executiva da CUT decidiu ampliar o prazo de votação do Plebiscito Nacional sobre o Fim do Imposto Sindical, em função da grande repercussão e interesse de trabalhadores e trabalhadoras de todo o país em participar. O Plebiscito “Diga Não ao Imposto Sindical”, que terminaria no dia 30 de abril, foi prorrogado para o dia 15 junho.

O fim deste tributo, que desconta um dia de salário por ano de todos/as trabalhadores/as que têm carteira assinada, é fundamental para a classe trabalhadora brasileira conquistar a liberdade e a autonomia sindicais, bandeiras históricas que fazem parte dos princípios de criação da nossa Central. Já fizemos várias lutas contra a cobraça. A diferença, este ano, é que a CUT decidiu consultar diretamente os maiores interessados para saber o que acham do imposto, indo às ruas, falando com os/as trabalhadores/as em locais de grande concentração como a Central do Brasil, no Rio de Janeiro, aonde estaremos com a militância CUTista no início de maio, no centro de São Paulo onde estivemos na semana passada; ou nas portas de fábricas, de shoppings e em todos os locais de trabalho.

O objetivo da CUT não é acabar com sindicatos, como andam dizendo sindicalistas de outras centrais que defendem a manutenção da cobrança, e sim consolidar sindicatos livres, independentes, autônomos e democráticos, organizados desde o local de trabalho até os níveis nacionais. O fim do imposto é determinante para isso. E o motivo é simples: sem esses recursos os dirigentes terão de sair das sedes, ir até as bases para ouvir os/as trabalhadores/as, negociar, melhorar as condições de trabalho, de salários, de benefícios, enfim, representar os interesses dos/as trabalhadores/as como muitos não veem fazendo atualmente.

Foi por isso que lançamos o Plebiscito pelo Fim do Imposto Sindical, primeira ação da Campanha por Liberdade e Autonomia Sindicais, no dia 26, em uma assembleia na sede da Elektro, em Campinas. E no primeiro dia, em menos de uma hora, mais de 500 trabalhadores da empresa já haviam dito “não” ao imposto sindical. A boa adesão se repetiu em todas as cidades brasileiras onde os nossos dirigentes colocaram as urnas e pediram à classe trabalhadora para dar sua opinião sobre a cobrança.

É importante que fique claro que, em todos os locais onde estamos coletando votos, estamos explicando que a CUT defende total liberdade aos trabalhadores/as. Ou seja, defende que eles é que devem escolher a qual sindicato se filiar e como querem financiar suas entidades. Explicamos, também, que a CUT defende a substituição do Imposto Sindical por uma contribuição negocial, cujo percentual é definido em assembleia amplamente divulgada após as negociações e campanhas salariais feitas pelos sindicatos. Além disso, defendemos a ratificação da Convenção 87 da OIT – Organização Internacional do Trabalho, que trata de liberdade sindical e proteção do direito sindical.

Queremos uma lei que garanta organização no local de trabalho, acesso dos dirigentes aos trabalhadores para convencê-los da importância de se associar aos sindicatos; que proíba a criação de entidades sindicais por empresários e acabe com as práticas antissindicais que ainda existem no país, como por exemplo, patrões que ameaçam de demissão trabalhadores/as que quiserem se associar a sindicatos.

A Campanha Nacional por Liberdade e Autonomia Sindical da CUT vai até agosto do ano que vem, quando a central completa 30 anos. No próximo dia 30 divulgaremos a primeira parcial sobre a votação do Plebiscito sobre o Fim do Imposto Sindical, que é a primeira ação desta campanha.

E no início de julho, durante 11º CONCUT – Congresso Nacional da CUT que vai escolher a nova diretoria, lançaremos a segunda fase da campanha cujo objetivo é recolher milhares de adesões a um abaixo assinado em apoio a ratificação da Convenção 87 da OIT.

Sind-UTE/MG intensifica Campanha 2012 em Assembleia e realiza Ato em Tiradentes


O Sind-UTE/MG realizou no último sábado, dia 21 de abril, Assembleia Estadual e ato público em Tiradentes. A atividade teve como objetivo promover o dia 21 de abril na perspectiva dos trabalhadores e trabalhadoras em educação. É o terceiro ano que o Sindicato promove atividade paralela à solenidade oficial do Governo do Estado.

Atividades preparatórias

O Sind-UTE/MG realizou, em preparação ao 21 de abril, diversas atividades na cidade de Tiradentes. No dia 19/04, o primeiro passo foi o diálogo com os alunos das escolas públicas do município. Eles receberam material do Sindicato para dialogar com os pais sobre a realidade da educação pública mineira.
Em seguida, foi feito um trabalho com o comércio e lojas de artesanato. Na ocasião foi entregue o Dossiê da Educação mostrando a realidade do segmento em Minas Gerais. Este ano, a campanha 2012 está representada em um prato com os seguintes dizeres: A educação mineira tem fome de Piso, carreira e de qualidade – o tema evidencia os eixos da luta da categoria. “Pedimos o apoio e entregamos o prato símbolo da campanha para que ficasse exposto nas lojas”, afirmou a direção do Sind-UTE/MG.
Ainda no dia 19 houve gravação de longa metragem “As fantásticas aventuras de um capitão”, baseado na obra “Os Velhos Marinheiros” do escritor Jorge Amado, uma co-produção da Warner Bros.
Conseguimos dialogar com alguns atores que também receberam o Dossiê da Educação Pública Mineira, aceitaram fotografar com o prato da nossa campanha. Entre os artistas que receberam o dossiê, estava José Wilker.

Participação da Categoria

Trabalhadores em educação de todas as regiões do Estado participaram das atividades na cidade. Confira algumas caravanas presentes: Pirapora, Unaí, Patrocínio, Frutal, Jaíba, Leopoldina, Águas Formosas, Ipatinga, João Monlevade, Corinto, Itajubá, Almenara, Teófilo Otoni, Varzelândia, Ponte Nova, Manhuaçu, Caratinga, Curvelo, Campo Belo, Carangola, Araguari, Itabira, Governador Valadares, Ituiutaba, São Sebastião do Paraíso, Poços de Caldas, Cambuí, Conselheiro Lafaiete, Barbacena, Além Paraíba, Diamantina, Esmeraldas, Montes Claros, Porteirinha, Espinosa, Janaúba, São João Del Rei, Betim, Belo Horizonte, Contagem, Divinópolis, Capinópolis, Viçosa, Juiz de Fora, Uberlândia, Uberaba, Esmeraldas, Pouso Alegre, Nanuque, Carangola, Manhuaçu, Matipó, Itaúna, Monte Carmelo e Sete Lagoas,

Avaliação da Conjuntura

O dia em Tiradentes começou com a reunião do Conselho Geral da entidade. Cerca de 400 pessoas participaram de uma Mesa sobre conjuntura com o professor, sociólogo e cientista político, Otávio Dulci. Ele destacou a necessidade do governo brasileiro investir em educação. “Nosso sistema de ensino está em uma encruzilhada, porque hoje o Brasil é um país de grande importância internacional, e seu desenvolvimento passa necessariamente por uma educação de qualidade, portanto é fundamental que as autoridades competentes invistam efetivamente nessa questão para que possamos vislumbrar o Brasil dos nossos sonhos”, destacou. Vários colegas contribuíram com o debate.

Lançamento da 13ª Semana Nacional da Educação

Aconteceu também em Tiradentes a abertura oficial da 13ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, que esta edição teve como tema “A realidade muda com Piso, Carreira e 10% do PIB para Educação no Plano Nacional de Educação (PNE)”.

A direção da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), entidade que promove o evento, defende que sejam estabelecidas políticas públicas que possibilitem aos brasileiros uma educação de qualidade. “É necessário que os governos tenham responsabilidade com os recursos públicos que deveriam ser destinados à educação. Muitos estados brasileiros não investem o que deveriam no sistema educacional, fato que prejudica e muito o aprendizado no país”, afirmou o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão.

Destacou ainda que o desenvolvimento do Brasil passa por uma educação de qualidade. “Não adianta estarmos entre as sete maiores economias do mundo, se não houver uma profunda transformação na sociedade, e essa mudança passa, necessariamente, por uma educação de qualidade, com profissionais bem remunerados e boas condições de trabalho”. 

A secretária de Organização da CNTE, Marilda de Abreu Araújo, frisou a importância da Semana Nacional de Educação. "O evento visa potencializar o debate em torno das principais reivindicações dos educadores/as, que são o cumprimento da lei do Piso e a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação. Além disso, queremos que a União estabeleça um mecanismo de punição para aqueles governos que não cumprem a lei federal 11.738/08." 

Representantes de vários estados participaram do lançamento da Semana da Educação em Minas Gerais. O secretário executivo da CNTE e membro do departamento de Comunicação Sindical dos Trabalhadores em Educação do Estado do Sergipe (SINTESE), Joel de Almeida Santos, lembrou que infelizmente muitos governos insistem em não cumprir a lei federal 11.738/08, embora a legitimidade da legislação já tenha sido ratificada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Lamentavelmente muitos educadores/as convivem com essa realidade no Brasil, ou seja, muitos governos ainda insistem em descumprir essa norma, que é tão importante para a carreira do educador/a, por isso é necessário nos organizarmos, pois quanto mais mobilizados estivermos, mais curto será o caminho para a nossa valorização”.

O estado do Rio Grande do Sul esteve representado pela secretária de Assuntos Municipais da CNTE, Selene Michelin, que criticou a postura dos governos que não cumprem a lei do Piso. “O governador do nosso Estado, Tarso Genro, era ministro da Educação quando foi proposto o Piso Salarial, e assinou a lei que instituía o formato de remuneração quando ocupava o cargo de ministro da Justiça. Portanto, nossa expectativa era de que nosso Estado cumprisse a lei, mas isso não acontece, o que evidencia que governos de vários partidos colocam a educação em segundo plano”.

O secretário-geral do Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (APEOC) e secretário de Aposentados e Assuntos Previdenciários da CNTE, Juscelino Linhares, destacou a postura combativa dos educadores mineiros, fazendo alusão à greve histórica de 2011, quando os trabalhadores em educação passaram 112 dias em greve, que teve como eixo central a implantação do Piso. “O ponto falho da lei federal 11.738/08 é que ela não tem nenhum artigo que estabeleça uma penalidade para quem não a cumpre. Por isso é necessário nós cobrarmos da União uma punição exemplar para esses estados e municípios”.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Pernambuco (SINTEPE) e secretário de Assuntos Educacionais da CNTE, Heleno Araújo, ressaltou que a viabilização dos investimentos em educação passa também por vontade política e mobilização social. “A realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas é um claro exemplo de que quando existe empenho das autoridades, atrelado à participação popular, as ações e normas se tornam realidade, mas esse mesmo comprometimento deveria existir por uma educação de qualidade, que é essencial para o desenvolvimento dos cidadãos”.

O vice-presidente da CNTE, Milton Canuto, explicou que a semana tem por objetivos potencializar as discussões em torno da luta pelo Piso e uma política de valorização da educação pública brasileira, principais eixos do Plano Nacional da Educação (PNE). Criticou ainda a alegação de muitos estados e municípios, que afirmam não ter dinheiro para cumprir a lei 11.738/08. “O grande problema dessas administrações públicas é de gestão, o que dificulta a distribuição dos recursos adequadamente. Queremos sim viabilizar mais insumos para a educação, mas estados e municípios têm que melhorar a sua gestão, para que o dinheiro público seja aplicado de forma correta”. 

Atividade cultural

Com a participação de alunos de escola pública de Tiradentes, a Assembleia teve início com uma bela atividade cultural. Foram declamados trechos do “Romanceiro da Inconfidência”, da escritora Cecília Meireles e textos de autoria de professores da rede estadual. Nesta atividade foram utilizados os pratos símbolos da campanha e lenços brancos. 
O diretor estadual do Sind-UTE/MG, José Luiz Rodrigues, um dos integrantes da apresentação cultural destacou o significado do lúdico. "Com essa apresentação cultural procuramos mostrar à população qual a realidade da educação mineira. E o prato vazio demonstra que a educação tem fome de investimento, de infraestrutura e de melhores condições de trabalho. Com esse sentimento realizamos a apresentação cultural e mostramos que a educação pública em Minas Gerais é precária e que contribui negativamente para a formação dos nossos cidadãos." 

Plebiscito Nacional contra o Imposto Sindical

Outra bandeira que foi lançada durante as atividades na cidade diz respeito à campanha coordenada pela CUT, pelo fim do Imposto Sindical. Trata-se de uma campanha nacional, abraçada por Minas Gerais. Também foram eleitos delegados/as que representarão o Sind-UTE/MG nos Congressos Estadual e Nacional da CUT. A delegação do Sindicato terá a importante função de discutir o papel da Central em Minas e no País.

Assembleias regionalizadas

Durante a Assembleia, as propostas discutidas no Conselho Geral foram submetidas à apreciação da categoria e também definidas estratégias de mobilização. Uma destas estratégias é a realização de assembleias estaduais nas diversas regiões do estado, não apenas em Belo Horizonte. A experiência em Tiradentes demonstrou a importância de uma atividade do Sindicato na região, acumulando força política e dialogando com a sociedade local. Foi aprovada a data da próxima Assembleia Estadual, dia 19/5, em Diamantina.

Intensificar denúncias ao governo Anastasia

Outra estratégia discutida durante o Conselho Geral e Assembleia Estadual diz respeito à intensificação de ações de denúncia ao governo Anastasia. Para isso, a entrega do Dossiê da Educação deve acontecer em todas as regiões do estado, aproveitando as atividades culturais e religiosas que acontecerem. Como forma de apresentar a realidade da educação e a pauta de reivindicações da categoria foram aprovadas as seguintes deliberações: realização de campanha de outdoor, cujo objetivo é denunciar o Governo de Minas por não cumprir a lei federal 11.738/08, que institui o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN); intensificação das atividades de mobilização e diálogo com a comunidade no Estado e a realização de Assembleia Estadual, não somente em Belo Horizonte, mas em várias regiões de Minas Gerais.
Em sua fala, o secretário de Formação da CUT Nacional, José Celestino, o Tino, destacou a força da categoria em Minas. "Mais uma vez os educadores mineiros demonstram ser combativos, que não perdem a esperança diante das adversidades, e segue firme na luta pelos seus direitos."

Sind-UTE/MG participará de Audiência com o Ministro da Educação

Além dos eixos de estratégia, foi aprovado um calendário de mobilização que tem início nesta quarta-feira, 25/4, quando a direção do Sind-UTE/MG participará, juntamente com a CNTE, em Brasília, de uma reunião com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Durante o encontro, o Sindicato entregará ao Ministro o Dossiê da Educação mineira e cobrará o cumprimento do Piso Nacional, bem como a punição aos governos que não cumprem a respectiva lei federal.

Nova campanha de mídia

Outra estratégia discutida pela categoria foi a realização de nova campanha de mídia para denunciar o governo Anastásia, que será através de outdoors durante o mês de maio.

A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, destacou a unidade da categoria representada na Assembleia em Tiradentes. “Mesmo enfrentando adversidades conseguimos promover uma Assembleia com participação de todo o Estado, fato que demonstra mais uma vez a capacidade de mobilização dos/as trabalhadores/as em educação para aglutinar forças para a luta. Estamos firmes no propósito de alcançarmos nossas conquistas e direitos”. 

Solidariedade

Na assembleia em Tiradentes, os/as trabalhadores/as em educação aprovaram moção de apoio às educadoras infantis de Belo Horizonte que estão em greve. A categoria também se solidarizou com os colegas do Distrito Federal, Bahia, Piauí e Santa Catarina que estão em greve. Foram aprovadas moções de apoio a todos esses estados.

A última moção de apoio aprovada foi para a ocupação urbana Eliane Alves, em Belo Horizonte. A política da Prefeitura da capital tem acarretado inúmeros problemas e exclusão da população.

Calendário de atividades

25/04
- Participação na Audiência Pública da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados (Brasília)
- Audiência com o Ministro da Educação Aloizio Mercadante

26/04
- Reunião com a Secretária de Estado da Educação
- 1º dia do Ciclo de Debates promovido pelo Sind-UTE/MG: Tempo Docente

27/04
- 2º dia do Ciclo de Debates promovido pelo Sind-UTE/MG: A educação que interessa à classe trabalhadora.

27/04 a 01/05
- 4º Encontro dos Movimentos Sociais

05/05
- Encontro de Formação Política

09/05
- Audiência Pública sobre o IPSEMG

Até 19/05
- Realização de assembleias locais/regionais

19/05
- Conselho Geral e Assembleia Estadual em Diamantina

21/04 a 15/06 
- Realização do Plebiscito Nacional contra o Imposto Sindical

















Sind-UTE/MG faz atividade em Tiradentes em preparação ao 21 de abril

Atores, entre eles José Wilker, recebem o Dossiê da Educação Pública Mineira

O Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) realizou, nesta quinta-feira (19/04), diversas atividades na cidade de Tiradentes, em preparação ao dia 21 de abril.

O primeiro passo foi o diálogo com os alunos das escolas públicas do município. Eles receberam material do Sindicato para dialogar com os pais sobre a realidade da educação pública mineira.

Em seguida, foi feito um trabalho com o comércio e lojas de artesanato. Foi entregue o Dossiê da Educação mostrando a realidade do segmento em Minas Gerais. “Pedimos o apoio e entregamos o prato símbolo da campanha para que ficasse exposto nas lojas”, afirmou a direção do Sind-UTE/MG.

Neste dia havia gravação do longa metragem “As fantásticas aventuras de um capitão” baseado na obra “Os Velhos Marinheiros” do escritor Jorge Amado, uma co-produção da Warner Bros.

Conseguimos dialogar com alguns atores que também receberam o Dossiê da Educação Pública Mineira, que aceitaram fotografar com o prato da nossa campanha. Entre os artistas que receberam o dossiê, estava José Wilker (foto).

A atividade foi articulada pela Subsede do sindicato de São João del Rei.





Conselho Tutelar: Vereadores discutem situação atual

Na reunião ordinária desta terça-feira (17), os vereadores pronunciaram indignados com a situação do Conselho Tutelar do município.

A vereadora Cristina Fontes (PMDB) levantou a questão, relatando a situação em que se encontra a sede do Conselho. “A casa do Conselho Tutelar não tem uma estrutura mínima, com muitas goteiras, faltam materiais simples, como envelope, grampeador e o arquivo está caindo aos pedaços, é necessário que sejam dadas melhores condições de trabalho a um órgão tão importante”, salientou.

O vereador Marcos Nunes (PT) fez um caloroso pronunciamento, demonstrando indignação com a atual situação. “Quando vivemos em sociedade, existem regras. No artigo 27 da Constituição Federal é o único que contém a palavra absoluta prioridade, em que é dever da família, sociedade e Estado assegurar a criança e o adolescente, ou seja, a criança tem prioridade em ser atendida”.

E questionou: “será que estamos assegurando isso aqui em Viçosa?”

Ele ainda completou que na atual situação em que se encontra o trabalho das conselheiras tem sido dificultado. “As conselheiras trabalham em um atendimento de alta complexidade, difícil de lidar com o tipo de crianças que elas lidam, são abandonadas pela família e necessitam do amparo do conselho tutelar. Infelizmente a criança e o adolescente que o conselho atende, não tiveram e não tem seus direitos garantidos”.

Marcos Nunes também comentou um acontecimento. “Estive no Conselho Tutelar e tinha uma placa na porta dizendo que não estava em condições de funcionamento. Temos um grande desafio que são as políticas públicas voltadas para nossas crianças e adolescentes”.

O vereador Lindson Lehner (PR) ressaltou: “durante o período que estive a frente da Secretaria de Assistência Social recebi inúmeros pedidos que tinham sidos feitos anteriormente, mas como há pouca verba e não pode ser atendido. Além do problema de estrutura, há também a demanda de veículos, pelo fato do Conselho ter veículos antigos, requerem manutenção constantemente, pudemos destinar uma cadeira para o transporte de crianças, doados por organizadores de um evento”.

Lidson sugeriu para o Executivo que possa escolher uma estrutura melhor, onde dê para acontecer às conversas entre as famílias e a equipe do Conselho Tutelar para que resolva esses problemas.

O vereador Ângelo Chequer (PSDB) pontuou alguns fato da época em que dirigia a Secretaria de Assistência Social. “Os conselheiros me relataram a necessidade de mudança da casa, pois ela não estava atendendo a demanda e me trouxeram outra casa no bairro de Fátima, só que o contrato de locação da primeira placa estava em vigência, foi comunicado que quando o contrato vencesse, eles poderiam buscar”.

Ele também completou que entrará em contato com o Executivo para que providências sejam tomadas. “A gestão irá fazer algo para melhorar o trabalho de vocês, porque tem sido muito importante o trabalho de vocês com nossas crianças”.

Fonte: Câmara Municipal de Viçosa 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Sind-UTE/MG realiza Assembleia dia 21 de Abril em Tiradentes

Participa também da abertura da 13ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública

Em Minas a educação tem fome de Piso, Carreira e de qualidade.
No Brasil, a realidade muda com Piso, Carreira e 10% do PIB para Educação

Realizar uma atividade do Sind-UTE/MG no dia 21 de abril é resgatar o compromisso do movimento sindical mineiro de disputar e questionar as comemorações oficiais do governo do estado para a data. Em 2010, durante a greve que durou 47 dias, a categoria foi para São João del-Rei e realizou o maior ato que a cidade já presenciou, com a participação de mais de 15 mil trabalhadores.

Em 2011, fomos à Ouro Preto e fizemos uma solenidade de entrega da Medalha Quem Luta Educa a movimentos sociais, estudantis e sindicais, valorizando quem realiza a luta por uma educação publica de qualidade.

Em 2012, novamente o Sindicato organizará uma atividade estadual. Desta vez acontecerá em Tiradentes e será a única atividade de movimento social/sindical na data.

Lançamento da 13ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública

Em Tiradentes, será lançada a 13ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), cujo tema é “A realidade muda com Piso, Carreira e 10% do PIB para Educação no PNE (Plano Nacional de Educação)”.

Importante frisar que a presente Semana da Educação acontece menos de um mês após a realização da vitoriosa Greve Nacional convocada pela CNTE em defesa da pauta, oportunidade para a discussão de maior profundidade com a comunidade escolar. O liame desse debate perpassa pelo respeito às leis educacionais e pelas metas e estratégias do projeto do PNE, sobre o qual verificamos se estão sendo observados os princípios e objetivos da educação nacional, previstos na Constituição e conclamados pela sociedade.

Em Minas a fome da educação é de Piso, Carreira e de qualidade

Lançado durante o Debate Público realizado pela Assembleia Legislativa, o símbolo da campanha salarial educacional de 2012 será um prato vazio com os dizeres “A educação mineira tem fome de Piso, carreira e de qualidade.” Além disso, também foi lançado um ‘Dossiê da Educação Mineira’ denunciando os problemas relacionados à qualidade da educação e à desvalorização dos profissionais da educação. O material tem sido o instrumento de várias ações de diálogo com a população. Em maio, será realizada uma campanha de outdoor, promovendo a denúncia do governo mineiro.

Atividades em Tiradentes

As atividades do dia 21 de abril em Tiradentes serão marcadas pelo lançamento da 13ª Semana da Educação, uma mesa de debate de conjuntura com a presença do presidente da CNTE, Roberto Leão e do cientista político Otávio Dulci, além de Assembleia Estadual e ato público na cidade.

Há mobilização de várias regiões do estado e já confirmaram a presença de caravanas das cidades de: Juiz de Fora, Divinópolis, Esmeraldas, Belo Horizonte, Varginha, Campo do Meio, Poços de Caldas, Campestre, São Sebastião do Paraíso, Passos, Cambuí, Pouso Alegre, Itajubá, Ituiutaba, Muriaé, Viçosa, Ipatinga, Coronel Fabriciano, Manhuaçu, Timóteo, Jaíba, Capinópolis, Conselheiro Lafaiete, Almenara, Nanuque, Unaí, Montes Claros, Betim, Frutal, Janaúba, Patrocínio, Monte Carmelo, Pirapora, João Monlevade, Contagem, Araguari, Uberaba e Viçosa.

Depoimentos

“A nossa Assembleia cumpre um papel relevante, que é o de mobilizar a categoria para a campanha salarial de 2012. Nós fizemos uma greve de 112 dias no ano passado, pelo cumprimento da lei federal 11.738/08, que regulamenta o Piso Salarial Profissional Nacional. Entretanto, o Governo do Estado se recusa a cumprir esta norma. No mesmo local, acontece a Semana Nacional da Educação, fato que nos proporciona mostrar para todos/as os/as participantes a realidade da educação mineira. Por isso a mobilização dos educadores é importante, e nós, de Nanuque e região, já organizamos a nossa caravana para estarmos em Tiradentes, pois acreditamos que é necessário somarmos forças para lutarmos por conquistas em 2012.”

Manoel Rosalvo Pereira, Diretor Estadual do Sind-UTE/MG da cidade de Nanuque

“21 de abril é uma data que nos remete à liberdade, porque é o Dia da Inconfidência Mineira. E os/as educadores/as de Minas Gerais lutam por uma educação pública de qualidade, que proporcione o direito à liberdade e expressão, em especial no que diz respeito ao democrático debate no campo das ideias. Fato que não acontece em Minas Gerais, já que o Governo nos impõe uma série de políticas que só prejudicam a categoria, tais como a implantação de turmas multisseriadas. Portanto, a data é importante para nos mobilizarmos. Acredito que o movimento nas regiões tem que acontecer, em âmbito municipal e estadual, para que todos/as os/as educadores/as possam conquistar o Piso”.

Lecioni Pereira Pinto, Diretora Estadual e coordenadora do Departamento Jurídico do Sind-UTE/MG

“A Assembleia é um mecanismo fundamental para mostrar que a nossa categoria está unida e mobilizada em torno da nossa luta, que tem como enfoque a conquista de direitos, a exemplo do Piso Nacional. Portanto, nada melhor do que aproveitarmos o dia 21 de abril, que é uma data história, para mostrarmos para toda a sociedade a nossa realidade e o nosso ideal, enquanto educador/a. Acredito ser fundamental mantermos mobilizados em todo o Estado para lutarmos pela implantação do Piso, mas, sobretudo, vislumbrarmos uma educação de qualidade no Estado.”

Rosely das Graças Souza Coelho, Coordenadora da Subsede de Esmeraldas

“Promovermos o enfrentamento contra o Governo do Estado de Minas Gerais é fundamental, não só para conquistarmos o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), mas para lutarmos por outros objetivos, como o cumprimento de 1/3 da jornada para o/a professor/a. E a Assembleia Estadual é um momento importante para trazermos toda a categoria para essas lutas. Também é fundamental a participação de todas as regiões para, fortalecidos, conquistarmos nossas metas.”

Luiz Carlos Silva da Cunha, Coordenador da Subsede de Pouso Alegre

“Acredito que é imprescindível nossa participação na Assembleia Estadual, pois é o momento de mostrarmos ao Governo do Estado e a toda a sociedade que não estamos calados e, em hipótese alguma, vamos recuar. Somente por meio da mobilização vamos conseguir alcançar os nossos objetivos e vislumbrar uma perspectiva de futuro. Por isso, é necessário aglutinarmos forças em todas no Estado como um todo, para mostrarmos aos cidadãos mineiros que a luta dos/as educadores/as é legítima e acontece pelo nobre objetivo de promovermos uma educação de qualidade em Minas Gerais.”

Darci Jerônimo da Silva, Coordenador da Subsede de Ituiutaba

“Essa Assembleia tem o objetivo estratégico de manter a categoria articulada e pronta para a luta em 2012. Realizamos uma greve histórica em 2011, mostrando que, mesmo com todas as adversidades, nós, educadores/as não hesitamos em lutar por nossos direitos. Portanto, manter essa mobilização este ano é fundamental, e para isso precisamos estar articulados em todas as regiões do Estado, para que possamos promover a luta com força e garra necessárias para alcançarmos a conquista do cumprimento da lei do Piso em MG”.

Marilde Rodrigues Campos, Coordenadora da Subsede de Almenara

“Para a luta em 2012 é fundamental articularmos previamente as nossas estratégias. E a Assembleia é o momento propício para fazermos isso, pois é necessário estarmos bem organizados para lutarmos pelo Piso, Carreira e uma educação de qualidade. Em Unaí e região, não estamos medindo esforços para nos mobilizarmos, pois acreditamos que a unidade da categoria é o caminho para as conquistas”.

Maria Mirtes de Oliveira, Coordenadora da Subsede de Unaí

Trabalhadores em Educação realizam ato com panfletagem na Cidade Administrativa

Para lembrar ao Governo de Minas que a educação no Estado tem fome de Piso Salarial, carreira digna, de qualidade e de melhores condições de trabalho, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) promoveu, nesta tarde (17/04), uma grande panfletagem na Cidade Administrativa Tancredo Neves, em Belo Horizonte. Participaram trabalhadores de Sete Lagoas, Esmeraldas, Belo Horizonte, Betim entre outras cidades.

O objetivo do ato foi informar aos servidores públicos e população que circulam diariamente pela sede do Executivo Mineiro a real situação da educação e dos profissionais em Minas Gerais. Para isso, foram distribuídos cerca de quatro mil panfletos do “Dossiê da Educação Mineira”.

A principal entrada que dá acesso aos edifícios Minas e Gerais foi cercada pelos pratos - que se tornaram o símbolo da campanha do Sind-UTE/MG 2012 -, despertando a atenção e curiosidade de quem passava pelo local. A Cidade Administrativa registra uma circulação diária de cerca de 30 mil pessoas.

É o caso do servidor da Secretaria da Fazenda (SEF/MG), Flávio dos Santos, que apoiou a manifestação. “Sou a favor desse ato dos educadores, pois a reivindicação do Piso Salarial é justa. Já tive filho em escola pública e sei das dificuldades que a categoria enfrenta. A situação dos professores é vexatória, ainda mais com essa lei que muda a remuneração deles”, declarou.

Também curiosa com os pratos dispostos sobre a via de acesso às secretarias, a funcionária da Secretaria da Saúde (SES/MG), Flávia Alvarenga, disse não estar informada sobre as reivindicações dos educadores, mas achou válida a manifestação. “A educação é a base da nossa sociedade e, quando não se tem a valorização que deveria, é preciso lutar para que haja uma mudança. Os professores estão certíssimos”, ressaltou.

“Meu filho, por exemplo, estuda em uma turma multisseriada na cidade de Espera Feliz, e nós, do interior, sofremos com a falta de interesse em investimentos em educação para as escolas rurais. É de grande importância essa manifestação, sobretudo, porque os meios de comunicação não noticiam e a sociedade precisa saber o que está acontecendo com a educação”, afirmou o coordenador da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar de Minas Gerais (Fetraf-MG), Juseleno Anacleto da Silva.

A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira avaliou positivamente a iniciativa. “As ações de informação e divulgação aproximam a população da realidade da educação e da nossa categoria. Conhecendo a real situação da educação em Minas, a população, além de se conscientizar, apoia a categoria”, explica. Ressaltou ainda que novas ações como esta serão feitas.

Coerção

Mesmo a panfletagem sendo uma manifestação pacífica, a ação acabou incomodando – e muito - o Governo do Estado. Tanto que foram destacados policiais militares para tentar coibir o ato na entrada da Cidade Administrativa. As faixas e cartazes foram proibidos de serem afixados próximos aos pontos de ônibus, na área externa aos prédios públicos.





















terça-feira, 17 de abril de 2012

Estado terá que aplicar Lei do Piso Nacional em 2013

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) determinou que a partir de 2013 o Governo Estadual, através da Secretaria de Educação, terá de aplicar a Lei do Piso Nacional para os professores seguindo a risca todos os seus artigos. O Estado ainda direciona apenas 1/4 do tempo dos educadores à preparação de aula, sendo que a Lei Nº 11.738, publicada no Diário Oficial da União em 2008 designa 1/3 do período à “Hora Atividade”.

A Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), que fez o pedido ao TJMS para que regularizasse a situação, considerou o ato do Tribunal como histórico em decorrência do número expressivo de sul-mato-grossense que a ação vai atingir. Durante a sustentação de defesa no tribunal, Fetems lembrou aos desembargadores presentes que 16 cidades do Estado já aplicam a norma nacional. Para a Federação, é essencial que o Governo dedique melhores investimentos à educação.

Já os representantes do Governo alegaram que para haver mudança de tamanha amplitude se faz necessário tempo para adequação, já que a passagem de 1/4 para 1/3 no tempo para programação de aulas e atividades extras dos educadores obriga o Estado a contratar de imediato cerca de 1.300 professores, o que, segundo levantamento da Secretaria de Educação, deve custar em torno de 45 milhões anualmente.

Mesmo com os argumentos do Estado, os desembargadores aprovaram a medida por unanimidade. O desembargador e relator do processo, Claudionor Miguel Abss Duarte, considera primordial que o Governo cumpra o que foi determinado nacionalmente. “É preciso que haja uma solução igual para todos os brasileiros. A lei é nacional e a função jurisdicional cai em descrédito quando cada juiz define a questão jurídica de uma maneira. Se todos são iguais perante a lei, todos têm que ser iguais também perante a Justiça”, diz Duarte.

Fonte: GD News

sábado, 14 de abril de 2012

As incoerências do bônus e da avaliação educacional

Recentemente, em São Paulo, repetiram-se as denúncias de fraudes na aplicação da prova institucional que se propõe a “medir” a qualidade da educação básica no Estado. O Idesp, índice extraído da prova aplicada pela Secretaria de Educação, também é usado para conceder bônus salariais aos profissionais do magistério público que tiveram estudantes bem avaliados no exame de proficiência (Saresp). E, embora a mídia e o governo paulista insistam em defender o bônus e o Idesp, a CNTE reitera os problemas de concepções dessas duas políticas públicas.

Sobre o bônus, é preciso destacar sua vinculação restrita a resultados numéricos (sem lastros sociais), que tendem a estimular fraudes. Esse mecanismo de “promoção” do trabalho provém da gestão empresarial, e não custa lembrar que é o mesmo que deu causa a mais recente crise planetária. Quem não se lembra dos escândalos envolvendo executivos das maiores instituições do mercado financeiro, que em troca de polpudos bônus promoveram ou contribuíram com fraudes de balancetes empresariais e bancários que resultaram na crise do capital? Até o presidente Barack Obama (gerente do império capitalista) considerou prudente intervir nessa política, quando os Estados Unidos da América tiveram que resgatar empresas e bancos à beira da falência.

Também é importante reiterar as críticas da principal articuladora dos bônus escolares norte-americanos, Sra. Diane Ravitch, que recentemente desautorizou a aplicação desse método remuneratório no sistema de ensino do país, especialmente no Estado de Nova Iorque. É que as fraudes e os currículos mínimos, esses últimos decorrentes da concepção dos testes nacionais estandardizados, prejudicavam a própria sociedade. Por um lado, parte dos professores se via tentada a compensar os salários defasados manipulando os testes; por outro, os alunos eram submetidos a ensino de competências (leia-se: acrítico e adestrador) com o objetivo específico de alcançar boas notas nas provas. E em pouco mais de uma década o sistema de ensino americano detectou prejuízos irreparáveis à formação das futuras gerações do país.

Caminho mais promissor, nessa seara, consiste em valorizar os aspectos da carreira profissional e as condições de aprendizagem dos estudantes, garantindo e ampliando a formação dos professores e funcionários, aplicando a legislação do piso salarial (vencimento com jornada extraclasse), melhorando as condições de trabalho dentro e fora da sala de aula, promovendo a gestão democrática, investindo na infraestrutura e nas práticas pedagógicas, dentre outros.

Se o bônus é desagregador do ponto de vista social, o sistema de avaliação educacional por competências também o é, pois pauta-se em princípios contrários à formação humanística. Ele não se preocupa, por exemplo, em verificar a criatividade dos estudantes, os valores culturais transmitidos pela escola, ou mesmo a relação escola-sociedade e seu impacto na formação dos estudantes, no índice de violência e na participação da comunidade no processo de gestão escolar. O que importa, tão somente, é o desempenho por notas, o qual não se coaduna com os objetivos da educação (é limitado e ultrapassado para uma escola que requer novos critérios de avaliação pedagógica).

No Brasil, o sistema nacional de avaliação, representado pelo Ideb (em nível nacional) e pelos diversos índices similares em níveis dos estados, segue a lógica falida norte-americana, negando as boas práticas escolares e desestimulando ou induzindo à fraude os atores da escola (professores, diretores e estudantes). E é preciso rever essa política, o quanto antes, por meio de amplo diálogo social, pois seu impacto continua desafiando os valores éticos e a transformação de nossa sociedade.

Fonte: CNTE

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Sind-UTE/MG realiza manifestação durante debate público na ALMG


A Assembleia Legislativa de Minas Gerais realizou, dia 09/04, um Debate Público com o tema “O novo Plano Nacional da Educação e o Acompanhamento da Sociedade Civil”. A atividade também teve o objetivo de instalar o Fórum Estadual de Educação.

Embora o debate fosse sobre educação, os atores sociais que estão na escola pública foram excluídos da discussão, uma vez que a Mesa foi composta sem a presença de profissionais da educação e de estudantes. Também não houve a participação da sociedade civil.

Mas a atividade serviu para que o Sind-UTE/MG organizasse uma manifestação exigindo do Governo do Estado e da Assembleia Legislativa o pagamento do Piso Salarial. Foi também momento oportuno para denunciar os diversos problemas vividos pela categoria. As galerias e o plenário ficaram lotados de profissionais da educação. O Sindicato entregou aos presentes o Dossiê da Educação em Minas Gerais, documento que traz uma síntese da realidade da educação no Estado e denuncia a política de desvalorização sofrida pela categoria. Os/as trabalhadores/as em educação se manifestaram exibindo faixas e pratos de alumínio com o tema: A Educação Mineira tem fome de Piso Salarial, Carreira e de Qualidade.

Embora o nome do evento fosse “Debate Público”, após a Secretária-Adjunta de Estado da Educação, Maria Ceres Pimenta Spínola Castro, ter desistido de fazer a sua palestra cujo tema era: “O direito à educação e a participação da sociedade civil”, argumentando sobre a manifestação da categoria, o Deputado Bosco encerrou as atividades sem que os presentes tivessem respeitado o seu direito à palavra.





Notícias da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação

Câmara debate piso salarial dos professores em estados e municípios

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados realizou no dia 10 uma audiência pública para discutir a adesão por estados e municípios ao piso salarial nacional dos professores da educação básica. O evento teve a participação do presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão.

A iniciativa do debate foi da deputada Flávia Morais (PDT-GO). Ela ressalta que o piso nacional (atualmente, R$ 1.451, por mês), previsto na Lei 11.738/08, não tem sido cumprido por muitos entes federativos. "Professores e especialistas não entendem por que ainda hoje existem estados e municípios que não se adequaram à Lei do Piso do Magistério", comenta.

O debate levantou a questão da participação da União nos investimentos em Educação, que para os participantes da audiência, ainda é muito baixa em comparação com a responsabilidade dos estados e municípios. “Para cada real investido em Educação, 41 centavos vem dos estados, 39 dos municípios e somente 25 centavos vem da União”, afirmou Márcia Viana, diretora de Comunicação da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Ela lembrou que a complementação da União para os municípios que comprovam não ter condições de pagar o piso, feita com recursos do Fundeb, está prevista em lei, mas ainda carece de regulamentação.

Paulo Ziulkoski, presidente da CNM, classificou a complementação da União como “fictícia”. “A briga dos educadores não deve ser com os prefeitos. Temos que unir os prefeitos e professores e vir à Brasília cobrar maior participação da União na Educação", disse.

O presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão, lembrou que a Lei Nacional do Piso do Magistério foi debatida durante dois anos no Congresso Nacional, inclusive com a participação dos prefeitos e governadores. “Essa lei não caiu do céu”, disse. Sobre a justificativa das prefeituras de que o pagamento do piso comprometeria o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, Leão afirmou que “não podemos ‘fechar caixa’ às custas de politicas públicas essenciais”.

Eduardo Deschamps, representante do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), defendeu a instalação de mesa de negociação para definir o critério de atualização do piso. O presidente da CNTE, Roberto Leão, lembrou essa proposta foi feita pela Confederação há dois anos, mas a instalação da mesa continua pendente. Leão reafirmou ainda que a CNTE não vai abrir mão da vinculação do piso salarial à jornada de trabalho e ao plano de carreira.

A deputada Fátima Bezerra (PT), coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa do Piso, defendeu que, qualquer que seja a solução encontrada por educadores e prefeitos, o reajuste tem que dar ganho real à categoria. “Não podemos abrir mão de mecanismo que garanta ganho real, até para cumprir a meta 17 do PNE, que prevê a valorização da carreira”, disse a parlamentar.

Fonte: CNTE

Deputados discutem Plano Nacional de Educação com Mantega

Deputados integrantes da comissão especial criada para analisar o Plano Nacional de Educação (PNE - PL 8035/10) discutiram a proposta com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na terça-feira (10), no gabinete do ministro.

O encontro foi proposto pelo deputado Artur Bruno (PT-CE) durante reunião da comissão no último dia 9. "Precisamos discutir os números [do projeto] com ele. Investir 7,5% do PIB em educação é um avanço, mas precisamos ouvir o ministro", afirmou. O deputado Izalci (PR-DF) concordou com a sugestão.

O deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), por sua vez, reforçou o pedido para que o ministro da Fazenda seja envolvido na discussão e afirmou que outras áreas, principalmente as ligadas ao setor financeiro, são privilegiadas em detrimento do Plano Nacional de Educação. "Não há restrição fiscal para destinar os 10% do PIB para a educação. O relatório simplesmente enquadra a proposta que veio do Palácio do Planalto", disse.

A deputada Fátima Bezerra (PT-RN) também destacou a necessidade de envolver o ministro da Fazenda, "que tem a chave do cofre", no debate. "Podemos criar um grupo para examinar esse assunto, mesmo que seja no ministério. O local não importa", defendeu.

Fonte: Agência Câmara

Baixos salários e más condições de trabalho têm afugentado alunos dos cursos de licenciatura

Se tornou chavão dizer que sem educação não há futuro. Garantir educação de qualidade é extremamente importante, mas também é necessário que haja pessoas dispostas a seguir a carreira docente. Afinal, um bom aluno depende em grande parte de um bom professor. O problema é que o número desses profissionais pode não ser suficiente.

Na Universidade Estadual de Londrina (UEL) o número de vagas remanescentes, ou seja, as que não foram preenchidas depois de todas as chamadas do vestibular, foi em sua maioria de cursos de licenciatura, destinados a formar professores, não só para os primeiros anos do Ensino Fundamental, mas também do Ensino Médio.

De acordo com um edital da Coordenadoria de Processos Seletivos (Cops), dos 17 cursos que não completaram vagas, 10 são licenciaturas, ou seja, 58,8%. No total, 399 vagas não preenchidas pelo vestibular e foram repassadas para quem fez o Enem e portadores de diploma de curso superior.

Letras, Física, Química e Matemática, entre outros, estão sofrendo com a sobra de vagas, mas o curso de Pedagogia, considerado a base, tem a situação mais alarmante. Das 80 vagas ofertadas no período noturno, 41 não foram preenchidas. No período matutino, sobraram 39 vagas, das também 80 ofertadas.

A coordenadora do colegiado do curso, Maria Luiza Macedo Abbud, explica que entre os motivos para a baixa procura estão as condições de trabalho e os baixos salários. "O salário do professor para 40 horas de serviço é R$ 1,4 mil. Só que 40 horas em sala de aula significam mais 40 horas fora de sala para preparação de aula e correção de provas. E isso é uma questão de opção política, enquanto se acha que pode pagar R$ 1,4 mil por 40 horas, não se quer mesmo ter professores", destaca ela.

Fonte: Folha de Londrina

MEC oferece Bolsas de Mestrado para Professores de Matemática

Professores de matemática que lecionam em escolas públicas poderão se inscrever em maio deste ano no único mestrado profissional semipresencial recomendado pelo Ministério da Educação, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O edital do exame de ingresso para a turma de 2013 tem previsão de 1.575 vagas.

Os professores precisarão fazer uma prova e os selecionados receberão uma bolsa da Capes no valor de R$ 1,2 mil. Atualmente 2,5 mil professores da rede pública estão no Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat), que é coordenado pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). Participam do programa 59 instituições de ensino superior nas cinco regiões, num total de 74 polos presenciais.

O mestrado tem duração de dois anos e a tese final obrigatória é uma monografia sobre experiência de matemática do ensino básico que tenha impacto na prática didática em sala de aula. "É um mestrado para fortalecer o ensino da matemática na educação básica. Não dá para termos no Brasil alunos analfabetos em números", diz Hilário Alencar, presidente da SBM. Em fevereiro de 2013, concluirão o mestrado cerca de mil professores inscritos em 2011, na primeira chamada do programa.

Em contrapartida ao investimento do governo federal, os professores bolsistas devem atuar na escola pública nos cinco anos seguintes após a conclusão do mestrado. A prioridade do Profmat é para professores de escolas públicas, mas 20% das vagas poderão ser preenchidas por docentes da rede privada.



Fonte: O Diário Online